Contracultura, como o próprio nome já está dizendo é o que está contra a cultura, ou seja, um movimento de negação da cultura. Quando se nada contra a correnteza.
A contracultura nasce quando usamos a democracia nas construções e debates, em grupos micros e macros.
Quando, nas organizações, precisa-se tomar decisões para criação de estratégia e projetos que envolvam o grupo, em que as opiniões divergem, decide-se por usar a democracia como meio de resolver este impasse, por meio de votação.
Neste caso a maioria “vence”. Mas quem disse que a maioria está certa? A história nos mostra que são grandes as chances de a maioria não estar certa. Então o grupo sofrerá uma rachadura. É como se fosse um grupo de pessoas, num barco onde cada lado rema para sua direção. Resultado: O barco não sairá do lugar. E quem perde neste caso? Todos.
E se pudéssemos ficar somente com as partes boas de cada lado? E o grupo que perdeu? Bom, não pense que ele se conformará com esta derrota. Há ganhadores e perdedores, como num jogo. Onde alguém precisa perder para o outro ganhar. Assim se forma a contracultura. Da minoria que seguirá lutando para fazer valer sua vontade, usando de decisões inconscientes, para sabotar as ações do grupou que teoricamente venceu.
Mas como conseguir o consenso quando as opiniões estão tão divididas? Simples, saindo das partes e indo para o todo. Para um bem maior que sai do indivíduo e vai para algo maior que ele. A responsabilidade pela decisão fica diluída no grande grupo e não somente com aquele com maior votação. Todas as opiniões são ouvidas e levadas em consideração. Elas são a base para a construção do novo.
Nas relações pessoais há uma terceira pessoa: a relação. Nas relações de trabalho, a regra é sempre pensar sobre o que é melhor para empresa, é o ponto que une todas as partes. Todos abrem mão de algo para um bem maior. Nenhum lado vence e pode-se, inclusive, criar uma terceira direção que abrace a todos. No ambiente corporativo até mesmo o dono está subordinado às necessidades do negócio.
O mais importante é praticar no dia a dia, pois, oportunidade, com certeza, não faltará. Pode-se começar por pequenas situações. Sem a dúvida que, quando se usa um método democrático para decisão, o resultado é mais rápido, porém, o preço é alto. O consenso, por outro lado, demora um pouco mais, mas seus resultados são mais duradouros e gera aprendizagens significantes.
O consenso é cooperativo! Nele o que vence é a união e ninguém perde. Todos querem a melhor decisão para poder consolidar ótimas equipes. Então, o que podemos concluir é que, sem a contracultura, a cultura se consolida e as empresas crescem mais rápido e com solidez, com todos lutando pela mesma causa.