Líder é gestor, não super-herói

O tema liderança é um dos mais falados e debatidos nas pautas organizacionais porque o líder é agente para todas as ações da empresa. Ele atua como o interlocutor entre os clusters em um cenário onde os times precisam de representantes e a empresa precisa de multiplicadores.

Não me agrada dividir os líderes em blocos, por estilos de liderança, acompanhado de uma lista enorme de características que ele precisa ter. Acredito que é bem mais simples. Se os líderes estiverem alinhados com a cultura, propósito e objetivos da empresa eles serão porta vozes para todas as demandas necessárias. Desde aquelas do dia a dia, até as mais estratégicas.

É fundamental desenvolver líderes como seres integrais e não somente para atender ao escopo das suas funções. Se for uma empresa com uma cultura de coletividade, poderemos chama-los como uma unidade. Lembrando que o desempenho do líder e o seu alinhamento com a estratégia está diretamente ligado aos resultados globais.

Por ser um representante da equipe chamamos este líder de gestor, pois entendo que gestão de pessoas é ele quem faz, até pelo vínculo que se cria entre ele seu time, pela convivência pelo alinhamento de perfil e pelo sentimento de grupo.  Entendo que é função do RH preparar e apoiar estes gestores para que eles atendam todas as necessidades  de competências e estruturais dos seus liderados.

Estes gestores nascem de duas formas, ou eles são contratados de fora ou eles nascem no próprio ambiente, por questões circunstanciais. Geralmente são pessoas com bastante iniciativa e empatia que iniciam a liderança informal. Aquele colega que está sempre apoiando e fazendo a intermediação entre a equipe e o gestor que em algum momento é formalizada.

Por outro lado fala-se tanto das características que são necessárias para ser um líder, das competências esperadas, que o transformamos em um super-herói. As empresas e as equipes não precisam de heróis. Precisam de líderes atentos as pessoas que estão sob seu guarda-chuva. Ouvindo, acolhendo e entendendo as singularidades. Estar atento as necessidades estruturais, de capacitação e desenvolvimento. Falo de gestor porque é necessário saber contratar, dar feedback e pensar num plano de carreira para fidelizar este profissional ou então disponibiliza-lo para o mercado quando a relação não for mais satisfatória para um dos dois.